um monstro

Por alguns momentos me julguei, quis me condenar, mas felizmente meus pés tocaram o chão outra vez. Caso eu seja mesmo “um monstro”, sou o monstro mais bondoso que já existiu! Como alguém que se esforça para ver a felicidade de outros pode ser um monstro? Como pode um monstro deixar suas atividades “monstruais” para aconselhar uma de suas vítimas? Que espécie de monstro chama seus amigos monstros para comemorar o aniversário de suas vítimas?

Sendo assim, prefiro continuar sendo monstro, um monstro que cometa esses mais cruéis atos de amizade e consideração. Um monstro, cujo seus bons feitos são esquecidos, afinal, julgar e acusar o monstro é bem mais fácil. Meu silêncio continua a falar bem mais enquanto minha boca se cala.