permitir
Há sempre aquela música que a gente só escuta quando está pra baixo, aquela que é quase um mantra para refletir e mergulhar dentro de si mesmo. É importante que vez ou outra nos permitamos esse mergulho, é bom para nos conhecermos de fato.
Bem, essa vida adulta pela qual tanto esperei está me parecendo mais desesperadora e desagradável do que eu pensei que seria, mas também é surpreendente. A gente pensa algo e esse “algo” se liberta e acaba tomando o rumo que ele quer... Nem sempre (ou melhor: quase nunca) condiz com nossas expectativas.
Eu costumava pensar que crescer era se aventurar, se jogar e ver no que dava. Mas acabei percebendo que quando a gente se joga em meio as incertezas, caímos e nos machucamos, além disso acabamos machucando pessoas que gostamos sem querer. Com os ensinamentos brutais da vida, fui vendo que crescer é mais do que simplesmente se aventurar, é se moldar a realidade.
Às vezes, esse molde em que nos tornamos é frágil e medroso, por isso é preciso tirar um tempinho para resgatar aquela pessoa destemida da adolescência e se permitir experimentar diferentes sensações, mas com a sensatez do adulto machucado no qual acabamos nos tornando.