ainda aprendendo

Você é como uma estrela brilhante, não posso pegá-lo mais ainda sinto seu brilho, mesmo que eu recuse a mirar meus olhos para o céu. Eu não queria perder. Eu nunca tive para perder. Embora a dor dar perda já esteja estancada, o sangue já não lavar mais meu corpo, entretanto ... Relembro de como doeu, chorei, mas de alguma forma tudo passou, me pego olhando para o passado e meu peito ainda aperta. Por mais que não mantenhamos contato, por mais que o tempo vá conturbando as memórias que ainda restam, sempre vai existir um pedaço teu em mim. É inevitável. 
 
Sei que ainda há um pedaço meu em você. Somos humanos, mesmo nos negando, é assim que acontece. Quando alguém se vai deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Sinceramente ...? foi melhor ter acontecido assim, ainda me pego recordando. Estou educando minha mente a não pensar tão constantemente, eu diria até que esqueci, mas não esqueci. Nem se eu pudesse eu iria querer esquecer. Porque esquecer consiste em apagar tudo, até as lembranças legais que tenho de você, de mim e de nós dois, isto eu não quero que aconteça. E quando me falarem de você, continuarei mantendo meu sorriso sínico no canto da boca. Foi um amigo bacana mas a distância, o tempo ou o universo nos afastou um do outro, porém, o carinho (de minha parte) permanece. 
 
Aprendi de uma forma dolorosa que não posso exigir nada de alguém, aprendi que a persistência não possui o mesmo significado que insistência. É preciso saber a hora certa de se afastar para deixar uma boa impressão. É melhor ser aquele que faz falta do que aquele que sente a falta. O primeiro a sair fora segue a vida, enquanto o segundo busca sobreviver de um passado que jamais será presente outra vez. Acredito que falar simplesmente talvez não convença ninguém. Na escola aprendi que para um assunto ser compreendido pelos alunos, deveria ser associado ao cotidiano. Sendo assim, a gente só aprende a não se jogar de cabeça nos relacionamentos quando algum nos decepciona. Infelizmente o sofrimento só é compreendido de fato, quando é vivido. 
 
Já não me pego mais viajando de volta ao passado, mas existe algo que faz minha respiração ficar fora do ritmo, meu coração ainda acelera, agora mais calmamente. O mais difícil foi aprender a aceitar coisas que eu não escolhi, mas estou me dando bem. Recolhi os cacos e deixei você ir. As perguntas que eu queria te fazer, hoje não faz mais sentido e vão continuar sem fazer, enquanto eu estiver sóbria.